Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci…
- Olavo Bilac -
Emílio de Menezes escreveu para o epitáfio de Olavo Bilac:
"Bilac esta cova encerra.
Choram sacros e profanos...
Muitos anos coma a terra,
a quem comeu tantos ânus!".
Este texto do Bilac, eu conheço, maravilhoso! Mas o Epitáfio, é bem sui generis, adorei!
ResponderExcluirO epitáfio é maravilhoso! De uma criatividade ímpar.
ResponderExcluirRi deveras, caro amigo.